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25 de janeiro de 2022
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2022: Novas perspectivas para o transporte público, diante de mais um ano de pandemia

Certamente 2021 foi um ano de turbulência e bastante mudanças: massificação do Home Office e dos aplicativos de entrega; crise…

ônibus Goiânia

Certamente 2021 foi um ano de turbulência e bastante mudanças: massificação do Home Office e dos aplicativos de entrega; crise nos aplicativos de transporte (Uber, 99…); situação caótica do transporte público e respostas do poder público, vacinação….


Com o avanço da vacinação e a diminuição do número de mortos pelo Coronavírus quais serão os cenários para 2022? a) aumento da digitalização dos serviços – acelerando trabalhos e reuniões remotas, educação online e compras de supermercado online; b) necessidade de deslocamentos ainda em valores reduzidos; c) adoção cada vez mais rápida do conceito de Mobilidade como Serviço.

Neste sentido, facilitar e gerenciar a mobilidade nas cidades são desafios complexos, tornado ainda mais assustador pela pandemia. As ligações entre o Coronavírus e a mobilidade urbana oferecem oportunidades de benefícios de saúde imediatos e de longo prazo. A colaboração entre diferentes setores tornaria possível minimizar o uso de veículos motorizados privados, restaurar a confiança no uso do transporte público e promover o transporte ativo, tornando as cidades mais sustentáveis, equitativas, habitáveis e saudáveis. Temos uma oportunidade ímpar de fazer mudanças positivas duradouras por meio de soluções de mobilidade urbana mais ativas, inclusivas e sustentáveis.

Precisamos realocar o espaço público para priorizar a mobilidade ativa sempre que possível. Em muitas cidades, a maior parte do espaço público é dedicada ao tráfego de veículos individuais. Mais do que nunca, precisamos desse espaço para outros usos. As cidades deveriam aproveitar esta redução para priorizar o transporte público através dos corredores de ônibus e a mobilidade ativa através de grandes áreas para bicicletas e pedestres.

Neste sentido as principais recomendações em relação a mobilidade são: incentivos fiscais para renovação da frota utilizando veículos elétricos, investimentos na criação de corredores preferenciais com integração com modos ativos de deslocamento, criação de bolsões de estacionamento integrado aos terminais de ônibus e instituição do conceito de Mobilidade como Serviço, com objetivo de integrar todo ecossistema de mobilidade.

O ano de 2022 será uma encruzilhada, e a direção que iremos tomar moldará o mundo em que viveremos. Podemos decidir coletivamente voltar a como as coisas eram ou podemos seguir um novo caminho em direção a um mundo mais limpo, seguro e sem congestionamentos, no qual, um mundo melhor será coletivo.

Miguel Angelo Pricinote é geógrafo pela UFG, mestre em transportes pela UNB. Foi Diretor de Transporte do RedeMob, diretor Adjunto da Viação Reunidas, Diretor Adjunto da ReuMob. Autor dos livros Confiabilidade da Rede de Transporte Público Urbano e 2020 O Ano Que O Problema Do Transporte Público Foi Desnudado Pelo Covid-19: Uma história que não podemos esquecer.



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