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19 de julho de 2023
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O Transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia

Marcos de Luca Rothen Engenheiro Civil e Mestre em TransportesProfessor do IFG – Campus Goiânia As nossas autoridades, com influência…

Marcos de Luca Rothen

Engenheiro Civil e Mestre em Transportes
Professor do IFG – Campus Goiânia

As nossas autoridades, com influência na Região Metropolitana de Goiânia, estão atuando para tentar melhorar o transporte coletivo na região, mas fazem isso com base em uma premissa ultrapassada, a de que a principal preocupação dos usuários é o preço da tarifa. Em grandes sistemas de transporte como o nosso, em geral, os principais usuários são os trabalhadores, os estudantes e os idosos e todos já tem alguma proteção.

Desde os anos 80, do século passado, os trabalhadores tem direito ao vale transporte que limita o gasto individual em 6% do salário seja qual for o valor da tarifa, mesmo muitos dos trabalhadores informais como os empregados domésticos repassam para o valor que cobram como diárias os aumentos da passagem. Os idosos acima de 65 anos tem gratuidade no transporte urbano desde a promulgação da nossa constituição e os estudantes da região já desfrutam de gratuidade há alguns anos.

Assim a grande maioria dos usuários tem como principal desejo um transporte de qualidade, com ônibus que ofereçam conforto e estejam amplamente disponíveis nos mais diversos horários e itinerários. Algumas ditas melhorias foram ofertadas aos usuários; o bilhete único que permite a integração fora dos terminais, é importante, mas já existia no que era chamado “cartão integração”. A meia tarifa em linhas locais, também importante, esbarra na falta de ônibus durante os vários períodos do dia, inclusive no
período noturno. Outra medida que também é importante é o bilhete familiar para uso nos fins de semana, mas que também esbarra na falta de ônibus, por exemplo uma família que num domingo saia do Parque Atheneu para um passeio no Parque Mutirama terá que fazer transbordo num terminal, podendo ter que esperar muito tempo para isso e para voltar ainda terá a incerteza se conseguira voltar na hora que as crianças cansarem.

Ainda para os que desejarem passar a usar o transporte coletivo falta o principal que são as informações de como usar os ônibus, não há informações nos pontos e nem nos veículos, que poderiam ser chamados de “pontos de venda”.

Não se tem certeza se o valor investido pelas instâncias de governo é suficiente, pois não localizo a planilha tarifaria, até para ver se muitos dos ônibus do sistema já estão com suas “vidas uteis” vencidas, a única informação disponível é a de que a Metrobus passou a ser uma empresa lucrativa em vez dos deficientes crônicos que registrava.



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